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domingo, 5 de maio de 2019

Cheiro de Uva

Cheiro de Uva


No inicio é como se aventurar em terras desconhecidas,a sensação  de novidade toma conta do nosso ser,o sentimento desvabrador  se apossa,faz  seguir em frente,se apaixonar ainda é a maior loucura racionalizada que se tem conhecimento,sabemos que muitas vezes aquilo vai nos ferir,já passamos por tantas outras situacoes na nossa vida mas algo nos faz querer arriscar,nem o THC é capaz de se comparar com a poderosa  droga chamada  amor.  Somos viciados em seus efeitos que incluem aquele riso desavisado no comeco da noite lembrando do catalizador,ou mesmo  sentir o coração  acelerado a cada vez que lemos uma mensagem com o nome que nos faz estremecer,queremos cada vez mais nos embriagar de amor,e eu,Imerso em minhas aventuras narrativas,tão centrado em meus livros empoeirados,no meu quarto vazio e no silêncio de minha mente inquieta,a ideia de mexer com meu mundo tão calmo e silencioso já pairava constantemente em meu âmago    " vai lá, se joga,você merece um pouco de agitação"   as vozes amigaveis sempre sugeriam,nunca pensei que você colocaria meu mundo pacato em agitação em apenas 10 meses de pernas para o ar.  
Me arrisquei,em todos os sentidos,nunca foi do meu feitio sair com alguem que eu não converse ao menos  1,2 meses,com voce foi 1 dia, apenas isso bastou para a coragem adormecida em mim gritar. E ela gritava liberdade,ela gritava novidade,ela gritava paixão.     De súbito achei curioso o fato de alguem reparar em minhas imperfeiçoes de pele,   "sua pele é horrivel,desculpa falar"     palavras ditas enquanto a água quente caia sobre nossos corpos desnudos após uma noite de prazer logo após você me conhecer por inteiro. Corajoso,pensei,se arrisca a falar assim com desconhecidos,ou talvez tu também não tivesse nada a perder,assim como eu era bixo solto,acostumado a pessoas passageiras,amores de verão,tão rápidos quanto as chuvas torrenciais dessa estação,também não pensei que ficaria muito tempo, não pensei que cogitaria ficar a vida inteira.  Entre erros e acertos tiro o mais profundo aprendizado,ainda vale a pena essa droga,vale a pena e valeu cada segundo que evolui junto com você,cada toque,cada palavra dita  penetrava profundamente em  meu ser,não me achava merecedor de tal afeto ou atenção,na primeira vez que você disse que gostava de mim eu chorei,nossas divagações mentais,provocadas por forças da natureza eram complexas,mas se encaixavam tão perfeitamente como peças de lego espalhadas pelo chão,você sabia perfeitamente qual peça viria a seguir,parecia estar com ela na mão, mas ao decorer do processo você  esqueceu elas espalhadas pelo chão da sala,eu te contava sempre que pisava nelas  "Isso dói,me machucou,recolhe ela por favor,não quero me ferir"     Mas voce não me ouviu,e eu me culpava por não saber se estava dando a mensagem correta,será que ele não entende que deixar tudo espalhado vai criar uma bagunca tao grande?,machuca tanto pisar em legos desconexos.   Gradualmente nosso bloco foi se desfazendo,ruindo,e consequentemente um foi pisando nas peças do outro e se ferindo.   Um grito de raiva fez todas as pecas cairem no chão, eu pisei com os dois pés e sai com eles sangrando,como manter a minha base se eu nao conseguia ficar de pé novamente, resolvemos colocar ataduras,voce iria ficar comigo ate eles curarem,apesar daquele feito ecoar constantemente na minha cabeça.  Demorou,pensei que nunca chegaria a esse ponto,mas curou,os legos estavam sendo repostos,eu conseguia ver você com as peças na mão,como numa dança conjunta,você delicadamente colocando o objeto no lugar,e eu colocando outro,em uma sincronia bonita de se assitir.   Aos meus olhos estavamos dançando em sincronia novamente,nesse salão imenso onde éramos só nós dois,apesar de eu sempre avisar que odiava olhares alheios,olhares de terceiros observando nossa dança,querendo participar,era pra ser apenas EU e VOCÊ ,eu e você no universo de ideias,eu e você com os legos,eu queria só voce e mais ninguem.   Ledo engano,existem coisas maiores do que podemos imaginar ou controlar,o lego ficou ponteagudo e afiado,me cortei de uma maneira mais horrivel,da maneira que pensei que você nunca  fosse capaz de fazer comigo, sangrei,sangro,continuo sangrando mesmo agora, quero tanto cauterizar essa ferida,você não tem noção  
 Todas as tardes eu choro ao  lembrar que era nesse  momento do dia que tudo acontecia,que você quebrava todos as promessas de me proteger,os seus demonios gritaram mais alto,alias essa era uma de suas frases marcantes,e que me macou de todas as formas,boas e ruins GRITO!.  
Como diria cicero em uma de suas canções   "Nao tem jeito, a gente sempre espera piorar,esquece de cuidar do que ja tem na mão " .  E você me tinha,me tinha por inteiro, você tinha tudo que eu imaginava que outros não teriam,conhecia todas as musicas das minhas playlists mais malucas,com os nomes mais diversos para nomear  sentimentos,assim como eu você é intenso, é fogo,é a chama que ardia e eu gostava da sensação,o seu fogo me aquecia da maneira diferente,e você sabia,eu permaneci ate ele me queimar por inteiro,até consumir todo o meu corpo e fazer  queimadura que não existe grau para descrever,você me carbonizou até restar apenas fuligem.
As Semanas estao passando tão rapido,parece que foi ontem que eu me cortei,que você me cortou,que eu te cortei.  Não sei se isso é algo positivo ou não,quero tanto guardar as lembrancas da gente na sala,brincando de legos,imaginando o futuro,um completando o bloco do outro,lembrando da gente olhando as estrelas,quero tanto lembrar do seu cheiro de uva que eu amava tanto,o seu cheiro particular,eu não entendo o porque você sabendo de todos os meus demonios preferiu me cortar,me ver sangrar uma dor que eu não merecia.  Penso a razão do nosso encontro tão repentino e tão transformador,talvez lá na frente a peça desse lego se encaixe e eu fique sabendo os motivos misteriosos  de tal aproximação, quero que só fique as melhores partes da nossa loucura particular,do nosso mundo dividido,da nossa intimidade.   Você se transformou em alguem que eu não conhecia e não esperava,eu sei que somos seres mutaveis,talvez eu não enxergasse essa sua parte particular,e você sabe que tentei exorcizar tantos demonios,seus,os meus,os nossos,fiz rezas catolicas,pagãs,xamanicas,mas esse ultimo demonio foi incrivelmente forte para eu suportar,e eu não estava forte o suficiente para não ser possuido. O que o tempo vai falar de nós quando o dia clarear?,o que dirão cortinas e lençóis,os beijos sem iguais quando a historia se escrever?.   Seu cheiro ficara para sempre marcado em mim. Do seu para sempre  Rukasu.

Pra voce, todo o amor do Mundo.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Venus e Netuno

Esse gosto de sangue na boca após levar um soco,ela está aí,essas cicatrizes que esporadicamente teimam em queimar a pele e fazer lembrar que ela é  intrínseca ao homem,ela também habita esses momentos.  A cada lembrete,a cada sinapse,não existe fórmula mágica.  Crescer é um processo  e nesse processo iremos enfrentá-la  varias vezes,será inevitável,não somos capazes de nos esconder por muito tempo,temos tantos subterfúgios,esconderijos,tantos truques dos quais testei quase todos,álcool maconha,acupuntura,yoga,um final de tarde assistindo algo aleatório na tv,mas ela sempre irá se fazer presente,em algum momento ela vai aparecer. Eu já a enfrentei por tantas vezes ao longo desses anos.   Ao longo dessas intermináveis  madrugadas sentindo a umidade no meu travesseiro,causada pelas  lágrimas que caiam sem esforço,tentando entender o que eu fiz de errado em relação a nós. Será que foi o fato do meu peito se encher de felicidade e minha boca com um sorriso  todas as vezes que eu falava com você,será que foi isso? eu transbordei ?,será que eu me afoguei em  minhas próprias palavras.  Seria mais indicado   fingir que não me importava e guardar tudo dentro de mim e simplesmente viver sem ter externalizado nada pra você ,compensava eu ser um manequim.É isso que atraem as pessoas ultimamente ?  Ser alguém  frio,não demonstrar felicidade quando sente. Fingir que se está bem quando na verdade parece que seu peito foi esmagado ao ponto de colocar suas mãos sobre eles e sentir  a falta do oxigênio . Está na moda ser apático e insensível ? Essa é mesmo a minha geração ?  A geração que mais fala de amor nas redes sociais mas sempre foge quando ele aparece?             Escrever é um meio de exorcizar OS demônios,de vomitar tudo que está em digestão em mim e necessita ser colocado para fora...eu tentei te digerir. Tentei por dois longos anos. Tentei digerir todas as mentiras que você me dizia. Todas as desculpas ridículas do porque  raramente nos víamos,como se morássemos em planetas distantes,Vênus e Saturno.  Mas seu ego é demasiadamente grande  para admitir o desinteresse quando percebeu que não aconteceria nada entre nós,não é mesmo?  “Para que falar a verdade sem se  divertir um pouco antes?”   Mas a paixão é uma faca de dois gumes,não sou como você e sei o peso da minha responsabilidade,se as vendas de eros não estivessem sobre meus olhos eu teria evitado passar pela dor que me acompanhou durante esse tempo O vômito que você me causou deveria ter acontecido nos primeiros meses. Entre o. “Desculpe esqueci de você “. E entre o “falei só o que você queria ouvir”.                              O sofrimento pode até ser considerado uma escolha dependendo do caso mas a dor,ela será inevitável.   Eis algo que aprendi. Não há motivo para tentar evitá-la quando ela vier bater em sua porta pois  ela não  se importará se você passou uma pomada nos antigos ferimentos,se você está preparado para recebê-la em seu lar,em seu âmago,em seu íntimo em Seus braços. Ela é bruta,ela é invasiva,ela é incômoda mas porra, ela é necessária.   Sempre a  evitamos,a todo custo ao invés de tentar processar todos esses sentimentos informulados que nos causa.   Por dias ficou martelando em minha cabeça a vergonha de ter perdido e ter gasto tanta energia e tempo  em você. Por que não consegui desfazer o laço com facilidade igual já tinha feito com tantos outros. Por que com você foi tão difícil soltar o nó. Eis que não tem explicação. Assim como a dor a paixão não liga antecipadamente avisando que ela vai te fazer uma visita.  Ela acontece quando você menos espera. Em um dia você está fazendo piada com seus amigos  sobre o amor e sobre como apelidos de casais são ridículos e vergonhosos,se julga convicto que não vai permitir que ninguém entre na sua vida. E de repente,num domingo preguiçoso  de chuva de um janeiro qualquer você se dá conta que sente a falta dele mais do que o convencional para amigos. Que sente falta do cheiro,da voz,do sorriso,do apelido carinhoso que ele colocou em você.  Se pega sorrindo sozinho em seu quarto lembrando das bobagens que sempre dizem um para o outro e pronto,se dá conta que já está dançando acompanhado,percebe que a paixão te pegou para uma dança e que não tem a intenção de soltá-lo tão  cedo,ela chegou  de um modo tão discreto e natural que quando constatou  já estava sendo embalado pelos seus ritmos. Como eu havia dito,crescer é um processo,um processo natural, doloroso algumas vezes mas importante,mudar é necessário.  Eu já não tenho medo ou vergonha de mudar quando for preciso. Nada permanece igual,estamos em constante metamorfose,a vida vai te presentear com outros amores com outros risos,com outras lágrimas,com algumas dores mas principalmente ela vai te apresentar  momentos onde a sua reinvenção será crucial. Aquilo que me atingiu violentamente como a bala de um rifle não me matou mas me renasceu. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

It's Never Over

       







Por qual razão eu parei de escrever aqui?Meu palpite, a inércia do cotidiano paralisou minha vontade de colocar em palavras os sentimentos que me envolviam durante esse tempo,sentimentos estes que não foram nada agradáveis.


Em dois anos passei literalmente pelo que chamam de inferno astral (o meu durou mais tempo do que gostaria) Fiz de tudo um pouco nesse período para tentar me encontrar novamente.


Aprendi Ásanas de Yoga,me aventurei em clubs e shows de rock,ouvi cantores desconhecidos em playlists do spotify,vi filmes estrangeiros de dramas,chorei nos cinemas da cidade,me apaixonei,tive o coração partido,me aventurei em uma nova profissão,um novo emprego,descobri os prazeres que o thc proporciona,fiz novas amizades,conheci pessoas incríveis.


Viajei, mudei de opinião sobre muitas das idéias fixas que eu mantinha presas comigo, agarrado como certezas absolutas, definitivamente eu cresci muito ao deixá-las cair por terra pois percebi o quanto enganado estive por muito tempo.



A vida não tem mais os tons de rosa que eu enxergava, mas de maneira alguma a vejo com pesar ou tristeza, meu olhar mudou, acho que todos passamos por isso, continuamos evoluindo,enxergando os acontecimentos com um olhar mais crítico, chega uma hora que precisamos lidar com fatos concretos.

Talvez aquele emprego que você sempre sonhou se transforme em uma oportunidade de fazer algo totalmente novo, talvez aquela pessoa que você julgava conhecer te decepcione, talvez o mudar a rota do Gps se faça necessário.

 Não posso mais me cobrar por não ter a rotina de expressividade que eu gostaria, ela se fez presente em minha vida de outras formas, não textuais, tenho gratidão por todo esse tempo que passei sem escrever, foi valioso o tempo que me permiti à reflexão de mim mesmo, do que o Lucas Gosta? Quem ele ama? Quais são seus gostos, quais são suas tristezas?


Agradeço as crises e noites insones que me fez evoluir e deixar que a morte de idéias antigas acontecesse, agradeço a todos os amigos os velhos e os novos, que estiveram comigo durante esse tempo, talvez vocês não soubessem, mas estava em tempo de renovação interna, de mudança.


A Vontade de escrever ressurgiu, não de forma acalorada, mas tímida, e assim sendo, vou respeitá-la, não vou me prometer uma atualização constante de minhas idéias em forma de texto, não as que se mantêm de caráter pessoal, mas sempre que possível, sempre que eu sentir necessidade de me colocar de forma vulnerável novamente, aqui estarei, nessa plataforma, ou futuramente em outras, mas escrever sempre será o refugio mais intimo e sincero que terei.

“Escrever é tentar saber o que escreveríamos se escrevêssemos”

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Eu Sinto Muito





Na madrugada após as conversas agradáveis eu lia todas as mensagens, no fundo para tentar decifrar se algo estava errado, estava tudo indo muito bem pra dar certo, se eu fosse um pouco mais inteligente eu teria percebido a verdade, mas eu tenho esse lado cego que às vezes teima em aparecer e que não me deixa notar quando as coisas não vão funcionar, logo eu que pensava ser tão racional, que pensava ter amadurecido questões sentimentais com o passar dos anos, aprendi de novo que sentimentos não mudam, pelo menos os meus, continuo sendo intenso, continuo me jogando quando é preciso ficar  e freando quando é preciso ir, continuo me apaixonando quando era apenas para gostar.

Por que as pessoas se permitem entrar na rotina das outras se elas não tem o interesse de ficar?

Por que continuar com algo onde não se tem a pretensão de acontecer?    Eu deveria ter sido mais racional, aquela indiferença já era uma resposta, deveria ter lido nas entrelinhas.

Deveria ter dito adeus pra você no meu aniversário, mas eu quis ir ate o fim, mesmo sabendo que o fim seria o fim.

Por que eu tenho a sensação de tudo isso ter sido planejado? Minimamente pensado e calculado? Por que eu tenho a sensação de que tudo isso foi um jogo, muito bem estudado para se livrar de mim sem sujar as mãos.

 Graças a sua covardia de dizer de inicio “Não” você preferiu simplesmente provocar minha raiva e indiferença ao invés de falar com sinceridade, eu aguentaria o não, o que eu não aguento é a indiferença é a mentira, a invenção de falsos desejos e por falar neles cadê o desejo que você dizia ter? Cadê a vontade que você tanto falava?   

Por que eu sempre me jogo em águas rasas e mesmo assim consigo afundar? Eu não quero me afogar em riachos, quero me transbordar em mares.

 Os porquês não querem deixar minha mente e eu me odeio, odeio minha burrice, odeio me sentir um idiota carente que acreditava em mensagens sem fundamentos, me odeio pelo desperdício de energia e tempo que gastei com você, me odeio pelas indicações de livros que fiz, me odeio por ter dividido meus pensamentos, me odeio pela parte aberta na minha cabeça, por essa fresta por qual você entrou, me odeio por contar sobre você para os meus amigos, me odeio por achar que eu merecia isso que esta acontecendo, me odeio por ser tão confuso e não entender o que eu realmente queria com você, mas mesmo assim me importar.

Eu sinto um peso e uma raiva irracional por uma relação que nunca começou de fato,eu sinto o luto, você precisa morrer na minha cabeça para eu poder silenciar todas as pequenas coisas na qual eu acreditei que poderiam ser, preciso esquecer sua voz, preciso te tirar dos meus pensamentos, você precisa morrer dentro de mim, você precisa sumir da face da minha terra para que as coisas se ajeitem. Você disse que esqueceu,eu preciso esquecer de você

Eu sinto muito, meus pêsames, dizemos isso quando perdemos as pessoas, e para mim,você se foi.






sábado, 16 de janeiro de 2016

Nina





 Nuvens negras anunciavam que aquela seria mais uma segunda-feira fria e chuvosa de agosto, no quarto desorganizado livros,revistas e cds espalhados dividiam espaço com a garota deitada na cama, ela que gostaria de estar em um sono eterno teve que se  levantar,era preciso sair,conviver,encarar o mundo mesmo depois de uma noite mal dormida . 

Não queria preocupar sua mãe apesar de quase nunca vê-la em casa, era uma mulher importante com seu emprego importante.  
Despertou alguns minutos atrás devido às gotas de chuva que batiam pesadamente na grande janela de vidro ao lado de sua cama, seu despertador por quase duas semanas era composto por h2o.   

Sentada, seus pensamentos eram irregulares, tomada pelo cansaço de uma noite de pouco sono eles não faziam sentido, não sabe se a voz que escutou de madrugada  chamando seu nome era alguma funcionaria da casa ou um sonho.

 A vontade de ficar ali, parada sem ver ou conversar com ninguém era tentadora, mas não poderia,não queria  levantar suspeita sobre seu estado emocional com sua mãe  embora ela  estivesse fora por quase  uma  semana,sabia que os funcionários  falariam sobre isso se  caso ela agisse de uma forma incomum,como não ir para o colégio  e dormir o dia inteiro.

A Casa, uma das ultimas da colina, era confortável e grande, nina adorava aquele lugar, dali de cima a vista era linda, olhando á frente via  todas as casas,a cidade lá embaixo com suas lojinhas já abrindo para um novo dia,o movimento de carros e pessoas,se olhasse para trás  a floresta calma  e selvagem era a única coisa que existia,o verde escuro era tão intenso que se perdia de vista,era onde  costumava ir caminhar,o ar puro e o silêncio da floresta era um acalento   indescritível  quase como ficar no colo de sua   avó  depois de um dia ruim,era aconchegante,silencioso e sem julgamentos. 

Ao fechar o portão e sair o orvalho das folhas caíram lentamente, como lágrimas guardadas por muito tempo e que escorrem dos olhos sem fazer esforço para que isso aconteça.   

Descendo a rua de paralelepípedo recorda de um fato estranho, por volta dos seus sete anos viu uma coisa que somente ela era capaz  de ver,lembrou da cara de espanto de sua   mãe na hora,o rosto que viu era  claramente visível,ela estava sentada na cafeteria,sozinha,olhava diretamente para nina e sorria,sua mãe vendo que estava sorrindo para alguém virou o rosto na direção de onde sua filha olhava   

- Como ela se veste bem não é mãe?

- Ela quem filha?De quem você esta falando?

Nina sabia que não estava louca, era uma criança bem criativa como a maioria, mas sabia que era real o que estava vendo, aquela senhora elegante de olhar gentil realmente estava lá sorrindo, de um jeito tão gentil que teve que fazer o mesmo, era um sorriso e um olhar de cumplicidade estranhamente lindo. E Não era desconhecido.



“Conheci sua avó”, os sussurros estavam bem perto do seu ouvido, mas Nina estava sozinha.    “Minha amiga esteve com ela, elas conversavam o tempo todo”.    Olhou para os lados, mas não via ninguém, continuou descendo a rua com aquela sensação de estar sendo observada.


 O  ar gelado a envolveu, tocou seus lábios como um beijo congelado, o frio em seu corpo a paralisou, precisou se apoiar na parede para não cair, não poderia gritar, pensariam que estava louca, depois de um tempo recuperou as forças e continuou o seu caminho, ladeira abaixo, paralelepípedos escorregadios a levavam  até a porta do colégio, morar perto dele tinha seus privilégios, um deles era dormir um pouco mais.    


Nina já não era a mesma de antes, seus poucos amigos tentaram por muito tempo se reaproximar, mas ela sempre se isolava até que chegou um tempo em que ninguém tentava mais. Não foi fácil para ninguém entendê-la, para eles era cansativo tentar qualquer contato e não conseguir resposta, mesmo depois de quatro meses ela ainda permanecia na inércia da dor, reclusa. 

Ela não se importava, não queria falar, queria ficar calada sem ter que dar explicações para ninguém era mais fácil assim, ela tentava praticar o esquecimento ficando quieta, era como se toda vez que falasse as peças dentro dela se chacoalhassem, tornando a dor evidente, a fazendo lembrar das noites ouvindo Adelaide gritar, bem debilitada em razão  do Alzheimer,não era fácil ver aquela que a carregou no colo,que deu carinho,atenção e  amor  se ir aos poucos,gritar,chorar e quase no mesmo instante  gargalhar,não era fácil sair de casa  toda manhã  com uma sensação ruim no peito,cada despedida poderia ser realmente a última que ela teria.

Nina já tinha ficado de frente com a morte, mas graças à força da memória já não se lembrava, o acidente de carro aconteceu quando ainda era praticamente um bebê, seu pai não resistiu, tão menos sua mãe, pois depois disso  colocou toda sua energia no trabalho e esqueceu do mundo ao redor, passava dias fora de casa cuidando de assuntos empresariais, às vezes trazia algum presente para a garota, como se aquilo preenchesse a lacuna de uma mãe ausente, sua única companhia era a avó que por conseqüência da dor da perda de um filho se agarrou a Neta mais do que antes, enquanto a mãe tratava de negócios a avó cuidava de sentimentos.   

As conversas que a avó mantinha  durante a noite eram curiosas, como se alguém estivesse no quarto junto com ela. Os médicos dizem que é comum, essa doença trás memórias antigas ao portador como se elas tivessem acontecidos ontem, passado e presente se misturam em uma confusão mental destrutiva ao cérebro, começa com a pessoa esquecendo uma torneira aberta e termina com ela esquecendo de abrir a boca para comer.

Foi em uma  crise que a garota começou a fazer caminhadas na floresta e a praticar o esquecimento, buscando o silêncio de seus pensamentos.

Ela nunca tinha visto ninguém morrer, mas sempre  pensou sobre o fato,era curioso quem alguém com 16 anos refletisse  tanto da finitude ,talvez sua avó tinha sido o motivo     

Depois que Adelaide partiu se viu sozinha no mundo, alguma coisa dentro dela tinha mudado, como se carregasse algo pesado, como uma âncora que a mantinha no mesmo lugar, como se seus pés estivessem em areia movediça e cada movimento exigisse grande esforço, cada  passo ela afundava mais, estava perdida, perdida dentro dela, em algum lugar que não era lugar nenhum.          

Ela via todo mundo fazendo planos e conquistando  coisas,de  relacionamentos a escolha de curso na faculdade,ela nem saberia se conseguiria   concluir o colégio, difícil,por vezes dolorido para si mesma aceitar que uma parte dentro dela era de inveja,ela queria se sentir como antes,esperançosa,mas agora ,aquela sensação na garganta de algo preso estava incomoda,nina não sentiu medo nem vergonha de gritar para os céus sua raiva,a floresta vazia a entendida,não fazia perguntas e a deixava chorar o tempo que fosse preciso.      Ela sentou embaixo de uma árvore  com troncos grossos e ficou ali, pensando, como a vida é frágil,como tudo pode mudar em questão de segundos,aquela máxima de dar valor só depois que se perde não serviria no caso dela e da avó,ela sempre deu valor e atenção para o carinho que recebia.  

Vários pensamentos passavam pela sua cabeça, alguns julgava bom para si, e ruim para os outros, Nina tinha a sensação de que estava se transformando no tipo de pessoa que mais rejeitava, as egocêntricas, no sentido literal da palavra, estava pensando só em si,pensando demais e isso não fazia parte do plano de fazer caminhada pela floresta,o intuito não era pensar e sim ficar com a mente branca.    

Em  Pálido ponto azul, Carl Sagan fala da pequinês do ser humano,como  seus atos em um futuro distante não irão ter   relevância alguma para o universo,seria esquecido e engolido pelo espaço tempo,cada ato,cada pessoa que aqui viveu seria esquecida,não importa se realizou grandes feitos ou se simplesmente fechou os olhos para o mundo,todas as pessoas seriam engolidas pelo escuridão ,Nina só queria adiantar esse processo

 De olhos marejados a garota teve a impressão de ter visto algo se escondendo entre as folhas, uma figura, uma figura quase humana, uma mulher? 

No mesmo instante a garota se pôs de pé, um frio percorreu sua espinha, a dominou,sensação de estar sendo observada voltou com mais força, algo passou rápido pelo o lado esquerdo  do seu rosto, uma visão periférica,a respiração ficou ofegante,seu coração começou a bater mais rápido,ela precisava sair daquele lugar,passou correndo pela trilha que levava para a saída da floresta,árvores e arbustos passando rápido pela sua visão,como borrões verdes,teve a impressão de ver o rosto da mulher em um desses breves segundos,estaria ficando louca?     

Chegou em casa afobada, foi direto para o quarto, estava cansada de tudo isso, de tentar, de aguentar, de carregar essa angustia dentro de si, de viver de falsas aparências, de colocar um sorriso quando o que mais queria era chorar, chorar até que a dor sumisse para um lugar bem distante, que se desgrudasse do seu corpo, sua vida sempre foi sem sentido, talvez tudo sempre tenha sido dessa maneira, isso não a fazia se sentir melhor, independente do dinheiro de sua família, era fútil, não se importava muito em viver para ela, vivia para os outros, para provar que era feliz, não bastava ser, realmente não bastava.

  21:17. A casa estava parcialmente escura, os funcionários já estavam em seus aposentos, o único som que vinha do quarto de Nina era de sua respiração.         - "vamos, não tenha medo",  era como uma força dentro dela, um desejo, uma vontade, uma voz que dizia aos seus ouvidos      "Pegue,tome,durma tranquila e esqueça os problemas,chega disso".      

  22:00.  Com o frasco de remédio vazio ela estava paralisada na cama,com uma dor aguda no estômago sentia-se leve,estranhamente,estava deitada de lado,paralisada,não conseguia se mover,viu sair de trás da porta uma sombra,à sombra que se movia se tornou reconhecível,o mesmo rosto que tinha visto quando criança agora estava ali,frente à frente,ela conseguia ver o rosto,as maçãs do rosto altas e redondas,olhos fixos e negros e um leve sorriso.

A senhora estava na beirada da cama em pé, parada         “Enfim nos encontramos". Disse enquanto a beijava nos lábios  


 Os sapatos da garota afundavam na terra  recém molhada da floresta, Nina não entendia muito bem o porquê de estar naquele lugar outra vez,recordava-se da casa,do quarto,das pílulas.     “por fim, de mim não fugiu mais”  -  sussurrou uma voz.         Nina, assustada, de súbito virou-se e encarou aquele rosto não mais desconhecido.    

  - Era você, quem eu sempre via,eu sabia que não estava louca”  disse com um certo tremor na voz.      

 - Ninguém pode fugir,ninguém consegue me evitar por muito tempo, as pessoas tentam, se escutam um dos meus vários nomes já torcem o nariz,fazem cara feia e preferem mudar de assunto,mas você foi diferente Nina,te acompanho desde seu nascimento,sempre estive do seu lado esperando o momento de pegar na sua mão,percebi que nunca virou o rosto das poucas vezes que me fiz presente,você sempre esteve muito consciente da minha presença,embora como a maioria das pessoas,não prestasse muito atenção,mas não me evitou,e no fim me chamou com antecedência.          

 Nina ouvia as palavras em total silêncio, não sabia mais o que pensar, se temer era uma escolha inteligente ou se deveria aceitar os fatos.      

-  Mas como isso é possível ? Eu vou ficar nesse lugar até quando ?
    

- Geralmente as pessoas se apegam na dor, sinto às vezes que algumas até preferem permanecer nela, artistas que o digam, tão sentimentais e reclusos em seus próprios mundos, alguns encontram nela uma morada, um refugio, alguns aproveitam para tirar o lado bom, outros caem e não conseguem mais reerguer, a floresta sempre foi seu refugio Nina, aqui você se permitia sentir, sentir sua dor, por isso estamos aqui.          

Nina ser encostou-se em  uma pedra coberta por musgo,o lugar estava tão frio e silencioso que bastava um sussurro da senhora para ela ouvir as palavras              

- Sua avó também era como você, muito consciente    Somos diferentes para cada pessoa.      Você não precisa  me temer, disse ela inclinando-se para frente, não se apaixone por mim, sou uma péssima amante


Nina que estava com a mão erguida sentiu o toque gelado dos dedos da mão da senhora quando estes se encontraram com os dela, de mãos dadas, face a face nina soltou  sua mão.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Clube Da Luta




Eu não poderia estar escrevendo essa resenha, pois as duas  primeiras regras do Clube Da Luta é que não se pode falar do Clube da Luta.

De inicio foi uma leitura complicada, eu não sabia onde o autor queria me levar com a narrativa toda desconexa, que é em primeira pessoa onde o protagonista expõe pensamentos, sentimentos com cenas cortadas, é como se ele não filtrasse as informações,passado e presente são descritos  sem uma quebra na narrativa, fica meio confuso para o leitor se acostumar,é uma escrita bem diferente da qual estamos acostumados mas tudo isso te faz querer ler e saber “Aonde isso tudo vai chegar?” 

A grande revelação do livro  não foi tão surpreendente pra mim  , eu já tinha lido um livro muito parecido do escritor Sidney Sheldon,Conte-me Seus Sonhos,talvez seja por essa  razão de  eu já ter sacado  no meio do livro como ele  terminaria e a surpresa que todos falam não me afetou tanto. 

O Personagem principal (não sabemos o nome dele) sofre de insônia, ele vai ao medico que lhe receita não remédios, mas sim participar de grupos de apoio de pessoas com doenças graves, “quer ver o que é sofrimento de verdade?  Frequente um desses”.  Pode parecer uma atitude um tanto quanto exagerada por ser tratar de insônia porem isso da certo, toda vez que ele volta desses encontros ele consegue dormir muito bem.   Tudo vai  “bem” na vida  do personagem  ate que em uma reunião ele percebe que tem outro farsante,uma mulher,Marla Singer. Ela aparece no grupo de apoio para pessoas com câncer de testículos.   Marla se torna a  responsável pela volta da  insônia do narrador,pois com outro farsante nas reuniões ele não consegue  dormir




 Eis que surge  Tyler Dunden,que se torna amigo do Protagonista,porém ambos são bem diferentes,Tyler é explosivo,personalidade forte  e é claramente admirador do anarquismo,bem diferente do narrador,que aparentemente é mais calmo,bem materialista,se importa com a marca de roupas que veste  e com os melhores moveis de sua casa.

 Tyler faz bicos de projecionista de cinema e em um buffet,varias vezes mistura cenas pornográficas em filmes familiares,porem é em questão de segundos e ninguém quase nunca percebe,tudo muda quando o prédio do protagonista explode e ele é obrigado a morar com  Dunden  que da inicio ao clube da luta. 



O Clube  é onde homens se encontram para brigar, tirar sangue, muito sangue até relaxar, esquecer os problemas, Tyler  começa com essa ideia e ela se espalha,vários homens começam a querer entrar no clube da luta e Tyler aos poucos  vira uma lenda,todos os homens que o protagonista  encontra na rua,com machucado no rosto,pontos,olho inchado  ele sabe que provavelmente participou de algum clube.   

O livro é bem gráfico, cenas de luta, de sangue, de bochechas perfuradas, língua cortada, algumas vezes me incomodou, mas como a curiosidade para saber o que vai acontecer é grande você releva essa violência toda.   

O Protagonista descobre que Tyler começa a fazer algumas coisas ilegais com os participantes do clube e é nesse momento do livro que temos uma grande revelação (menos pra mim) e a partir desse fato você não consegue parar de ler ate que feche a estória.    

O Final é excelente, e o posfácio bem interessante.  O filme é bem fiel ao livro e tem um final alternativo, diferente porém nem de longe ruim, a cena final é linda.


O Livro  exprime a falta de direção dessa geração, falta de ideal,onde pensamos mais no que temos do que no que somos, valemos o quanto temos no nosso bolso, ou pelo que temos dentro do nosso apartamento, vivemos ou apenas existimos?

 Se Você começou a ler e não esta entendendo muito bem, calma, dê uma chance para o Clube, você vai  se surpreender com o final.

Mas Lembre-se, se é a sua primeira vez no Clube, Você tem que Lutar!


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Pequeno Principe


  Ao ler  O Pequeno Príncipe,tive uma sensação de que já conhecia essa estória de algum lugar, Déjà vu,a rosa,o planeta,a raposa,eram personagens já conhecidos de certo modo  e não é para menos,o livro se tornou um clássico,o terceiro  mais traduzido do mundo,perdendo apenas para a bíblia e o alcorão,tornando-se uma das  obras mais famosa da literatura francesa.

Para quem  inicia a leitura pode pensar que é apenas um simples livro infantil, mas os ensinamentos são tão bonitos e tristes  ao mesmo tempo que acho que nenhuma criança vai conseguir entendê-los muito bem,ou até podem,nós adultos subestimamos muito a inteligência delas e esse é um assunto que será recorrente na  obra,de como os adultos se acham inteligentes,superiores,porém no fundo não passamos de  inseguros e complicados.

A Estória começa quando o personagem principal  fala sobre um desenho que ele fez quando tinha 6 anos , uma jiboia que engoliu um elefante e todos os adultos  falaram que parecia um chapéu,fazendo-o desistir da carreira de pintor e se dedicar a de piloto. 


 Já adulto e piloto,sobrevoando sobre o deserto do Saara,seu avião  tem uma pane,tentando consertar  o avião  ele pega no sono  e é acordado por um  menino de cabelos louros  e que pede para ele lhe desenhar um carneiro, é o pequeno príncipe.  

Ao decorrer do livro, descobrimos que o pequeno príncipe veio de um planeta chamado  B 612  e que só tem uma rosa que fala com ele,três vulcões  e que  quando esta triste gosta de assistir ao por do sol,ele resolveu sair do seu planeta para visitar outros e descobrir um pouco sobre  as pessoas,a terra foi o ultimo  a ser visitado.  Nessa jornada ele encontra varias pessoas, um bêbado, um homem de negócios, um geógrafo, um vaidoso. . . e faz uma descoberta,todos os adultos são complicados.


 Adultos adoram números. Quando vocês contam que tem um novo amigo,eles não ligam para o que é importante. Nunca perguntam:  “Qual o tom da voz dele? De que ele gosta de brincar? Ele faz coleção de borboletas?

Os Adultos preferem perguntar “Que idade ele têm?   Quantos irmãos?  Quanto ganha o pai dele?  Só assim os adultos se convencem de que conhecem seu novo amigo. Se vocês dizem a um deles  “ Vi uma bela  casa de tijolos cor-de-rosa,com gerânios nas janelas e pombos no telhado”,ele não é capaz de fazer uma ideia dessa casa. É preciso dizer a ele: “ Vi uma casa que custa uma fortuna”! então ele se interessa:
Poxa,deve ser maravilhosa!!

Um dos personagens  que me chamou atenção  foi a raposa,ela o ensina sobre   como cativar as pessoas,que para se tornar amigo de alguém é necessário cativar,isso toma tempo e paciência porém como as pessoas são preguiçosas e sem tempo,preferem comprar coisas nas lojas mas como lojas não vendem amigos,ficam sozinhas.



A raposa da de presente para o pequeno príncipe  o segredo mais  precioso que ela tem   “O essencial é invisível aos olhos, você torna eternamente responsável por aquilo que cativa”


Saint-Exupéry e sua rosa,a esposa,Consuelo Soucin 1934


 Um fato interessante para mim e que me deixou triste por um tempo é ler a pequena biografia do escrito que tem  nessa  minha edição  e saber  que o livro foi escrito em meio a segunda guerra mundial,que desde a dedicatória  até as estrelas tem um papel simbólico,a dedicatória é para um amigo judeu do autor

1944  Saint-Exupéry é integrado como capitão do esquadrão 2/33 responsável por voos de reconhecimento aéreo


 Naquele Momento,Saint-Exupéry se perguntava o que dizer a humanidade,num momento tão difícil em que milhões de pessoas eram obrigadas a usar na roupa uma estrela amarela que simbolizava um carimbo de morte. Por que estão deturpando a pureza de uma estrela amarela?   Por que estão deturpando a pureza das pessoas?   Leon Werth,a quem o livro é dedicado,é um judeu amigo de Saint-Exupéry,que ficara na frança e fora carimbado


O Pequeno Príncipe é daqueles livros que te marcam e depois da leitura vai fazer você olhar diferente para o céu estrelado.